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A Panattoni Ibéria e a Saint-Gobain formalizam um acordo para a aquisição, por parte do promotor, da antiga fábrica de vidro conhecida como Covina, situada em Santa Iria de Azóia, para dar início ao projeto de transformação do espaço existente para uso logístico. A transação foi assessorada pela Abreu Advogados, sob a coordenação do sócio Pedro Pais de Almeida.
O parque logístico será desenvolvido em três parcelas que contam com uma extensão total de 212.380 m². Contará com cinco armazéns que somarão uma área bruta locável (ABL) de 85.485 m² e o seu processo de construção está planeado para decorrer em duas fases.
A primeira fase, com início este mês de fevereiro, contará com uma ABL de 52.590 m² distribuída por três edifícios logísticos multi-inquilinos, em condomínio fechado, e com um pé direito de 11 metros, painéis fotovoltaicos na cobertura, cais de carga e descarga, e carregadores para frotas de veículos elétricos. Este espaço será modular e oferecerá fracções que variam entre 6.000 e 52.000 m². Os edifícios incluirão zonas de escritórios, áreas sociais para funcionários e mezanine. Estima-se que esta primeira fase esteja pronta para arrendamento em meados de 2026.
A segunda fase, que terá início a meio de 2025, contará com uma ABL de 32.893 m², distribuída por dois edifícios flexíveis, em condomínio fechado, oferecendo varias fracções e áreas entre o 5.000 e 33.000 m². Tal como na primeira fase, estes edifícios também disporão de zonas de escritórios, áreas de descanso para funcionários e mezanine. Os armazéns contarão também com um pé direito de 11 metros, painéis fotovoltaicos na cobertura, cais de carga e descarga, e carregadores para frotas de veículos elétricos. Existe também a possibilidade de incluir nesta segunda fase projetos Built-to-suit (construção sob medida), especialmente destinados à última milha e distribuição capilar. Prevê-se que a segunda fase seja concluída após a entrega da primeira fase, em 2026.
Os materiais utilizados serão escolhidos com o objetivo de criar espaços sustentáveis e amigos do ambiente. Por exemplo, os edifícios foram concebidos com base em parâmetros sustentáveis e de eficiência energética, reduzindo a emissão de poluentes e maximizando a reutilização de recursos, incluindo materiais recicláveis resultantes da demolição dos edifícios existentes e das suas zonas exteriores. Estas medidas permitirão obter a Certificação Ambiental BREEAM (Nível Excelente). Entre outras iniciativas, os edifícios contarão com uma redução de pelo menos 30% da pegada de carbono na estrutura de betão pré-fabricado, Análise do Ciclo de Vida Ambiental (LCA) e de Custos (LCC). Também será incorporada a Certificação de Eficiência Energética (EPC) de Nível A, um estudo ecológico e a reutilização da água da chuva para as zonas verdes.
Importa destacar a criação de mais de 200 postos de trabalho relacionados com o processo construtivo. Uma vez operacional e totalmente arrendado, o Parque Logístico terá capacidade para albergar até meio milhar de trabalhadores.
Excelentes acessos rodoviários
O parque tem acesso direto à autoestrada A1 Norte, eixo central em Portugal que liga Lisboa ao Porto, Santarém, Leiria, Coimbra e Aveiro. Fica a 11 km do Aeroporto de Lisboa e a apenas 18 km do centro da cidade de Lisboa. Oferece uma localização estratégica para empresas que, procurem soluções last mile, distribuição urbana, logística inversa e armazéns urbanos.
Contexto histórico
Desde o início deste processo de aquisição, a Saint-Gobain quis demonstrar o seu compromisso com esta localização histórica, ligada ao fabrico de vidro desde a década de 1940 pela empresa Covina (Companhia Vidreira Nacional). Na década seguinte, foram desenvolvidas na zona de São Pedro habitações para os funcionários da fábrica e infraestruturas comunitárias como uma escola, uma igreja, uma instalação desportiva e uma loja de conveniência.
Na década de 1960, a multinacional francesa Saint-Gobain tornou-se acionista da Covina e expandiu a produção de vidro. Posteriormente, na revolução de abril de 1974, parte da fábrica foi nacionalizada, reconhecendo a sua relevância económica. Nos anos 90, a Saint-Gobain assumiu o controlo total da fábrica.
Hoje, a Covina continua a oferecer oportunidades de desenvolvimento económico, e a Panattoni Ibéria decidiu reabilitar esta localização, proporcionando um impacto positivo no meio ambiente, na economia e na comunidade
Estamos a revitalizar um antigo espaço industrial, transformando-o num ambiente sustentável e amigo do meio ambiente e das pessoas. O Panattoni Park Lisbon-City reafirma o nosso compromisso com o mercado imobiliário logístico de Portugal, oferecendo a empresas de qualquer setor uma infraestrutura moderna e eficiente, concebida para impulsionar o seu crescimento e competitividade Gustavo Cardozo, do Managing Director/Partner da Panattoni Ibéria